Eu sou daquele tipo de mulher que só toma refrigerante em ocasiões especiais – aquelas em que ninguém está olhando. Vocês devem saber, tudo aquilo que você faz quando ninguém vê, não tem valor nenhum, simplesmente porque não existiu. Vou exemplificar:
1. Dieta: Você come como uma condenada à morte. Ninguém está vendo. Zero calorias. Acompanhada de outras pessoas. Salada e suco sem açúcar. Sempre!
2. Trabalho: Você usa internet como se estivesse na lan house. Ok. Seu chefe se aproxima. Alt+Tab e de volta às planilhas do Excel.
3. Depois de levar um fora: Você continua olhando cada foto por muito tempo sem piscar. Normal. Uma amiga por perto. Janela fechada e histórico apagado.
(ATENÇÃO: EXEMPLOS MERAMENTE ILUSTRATIVOS! Beijo, chefe!)
Então, voltando ao refrigerante - que é o único fato real desta história-, por que eu faço isso? Eu classifico como falta de dignidade. Minha história é assim: parei de tomar refrigerante – e todas as demais bebidas gaseificadas - há algum tempo. Mas, às vezes, tipo ontem, quando eu abro a geladeira... ah gente... geladinho... ninguém por perto... secret... um copinho de 200 ml... não é uma quantidade assim ENORME de gás carbônico estourando no meu estômago... todos vamos morrer mesmo. Que pegue fogo! Tomei. E ui. Ele já me explode na boca. Faz minhas glândulas produzirem lágrimas extras. Estressa minhas papilas gustativas. Rasga minha garganta. Agride meu esôfago. Mostra a localização exata do meu estômago. Argh. Tarde demais. Pela prática, eu já antevia todo ciclo. Consequências que a falta de dignidade me provoca. Um conhecimento do fim que somado a uma saudade apertada, me leva a encarar o processo. Lembro daquele episódio do Pica-pau em que a bruxa tentava achar sua vassoura mágica, entre muitas comuns, em uma fábrica de vassouras. Para cada tentativa, ela dizia as palavras mágicas: E lá vamos nós!
Então... “e lá vamos nós!”
Eu não tenho dignidade mesmo!
Beijo grande
Kézia
4 comentários:
Essa história de fazer as coisas escondidas comigo não rola (pelo menos não muito), porque pra mim se for pra enfiar o pé na jaca que enfie bem fundo, principalmente quando se refere a comida, sou uma draga abençoada com um supermetabolismo que não me deixa engordar rs.
Adorei as ilustrações pode não acontecer com você, mas com certeza são bastante comuns.
hey Kézia.....Tb não tenho nenhuma dignidade com várias coisas: chocolate, cerveja ou chopp, café, comida japonesa.....a lista é grande!
Mas "E VAMOS NÓS....."hahahahaha
beijocas, Mari.
Sim, Ana, estes exemplos são muito comuns. Colhi de histórias que me contaram, porque é claro que não faço nada disso.
Mari, me incluo em cada item da sua lista. Estes dias fui a um japonês e exagerei tanto que meu corpo simulou um coma para se concentrar na digestão.
Beijo
Kézia
Postar um comentário