segunda-feira, 27 de junho de 2011

Ela tem um amigo para me apresentar

“Conheça um homem de atitude” dizia o título do email, fazendo uma clara referência ao momento que eu vivia e que apaixonada e erroneamente eu, com a concordância de todas as minhas fiéis amigas, chamava de falta de atitude (o que era obviamente uma falta de interesse, mas isso a gente só se convence quando ele aparece ali, todo cheio de atitude, com outra). Abri o email rindo por aquilo estar acontecendo de novo e engoli o riso, porque sim, ele era muito lindo! Situação muito comum aos solteiros (não ele ser lindo e disponível. Isto é incomum). Mas ter uma amiga que tem um amigo. Ou o namorado da amiga que tem um amigo. Ou alguém que conhece alguém que combina comigo. Com base na minha experiência, vejo que os perfis geralmente se repetem e a apresentação feita por minhas amigas é mais ou menos assim:

- “Ele precisa de uma mulher!”

Este cara é divertido. Geralmente ela parece querer tirar de circulação o cara que fica ligando pro namorado dela altas horas da noite convidando pro bar. Ele comenta sobre ressaca e futebol, enquanto ela me diz “é tudo casca... ele só precisa de uma mulher”. Fico feliz por não sofrer da síndrome da Bela (e passar os dias tentando fazer dele o que eu imagino ser um príncipe).

- “Ele é atleta!”

Esta classe é nova e ainda não tenho muito o que falar – boa oportunidade para minhas amigas me levarem a um estudo de caso;-) – mas todos os trilheiros entram aqui. Só fico meio assim quando a primeira foto que vejo dele evidencia um peito inchado e um tanquinho chapado (sim, bem na foto de perfil e com aquele olhar ‘sou tão lindo, que poderia ser modelo. RISOS’)

- “Ele é monogâmico”

Eu sei que esta afirmação deveria ser redundante (amém!), mas eu realmente já ouvi “ele é inteligente, engraçado e monogâmico”. O que dizer?

- “Eu não vou falar muito, porque ele é meu amigo”

Numa dessas, ele gosta de crianças, ou sabe cozinhar, pode entender de vinhos, ser o maior mochileiro da galáxia e ainda ser mineiro, pode escrever bem, usar camisa xadrez e até mesmo estar saindo de um relacionamento e não querer se envolver, ter o humor lindamente sarcástico, ser gentil ou simplesmente olhar nos olhos. Seja lá como ele for, muitas vezes elas estão certas. Ele é mesmo muito bacana. O que acontece é que certamente ele vai sair de mansinho, deixando um mistério no ar, aquele negócio que instiga e me faz olhar pra ele pensando “mas qual é a desse cara?”. Seja pelo desafio, seja pela minha curiosidade, são estas histórias que vão se estender e estender e estender e ... vai entender?

Sabe, eu entendo as minhas amigas que são muito felizes com seus respectivos e gostariam que a nossa mesa deixasse de ter esse número ímpar. Eu entendo também os caras do lado de lá que, às vezes, de tanto ouvir falar de mim passam por este blog e fecham a página achando que sou legal – por favor, não acreditem em tudo que eu escrevo (nem mesmo neste texto!). Aproveito para lembrá-los que elas são minhas amigas, então relevem toda insistência. E hoje, eu me dirijo a vocês que eu já conheci: bom, eu nunca fiz por mal. Gosto de saber que logo depois de me conhecerem muitos se apaixonaram e até conseguiram namorar (outras, claro). Fico feliz por imaginar que funciono como uma terapia. Ou um desatar do céu. Sei lá. Aos que continuam procurando: melhor sorte da próxima vez. Quanto a mim, foi divertido! Vocês são bacanas, rapazes. Só não eram meus. E aos que ainda não me conhecem: tenham paciência e muito cuidado, eu sou ácida, mas sou ótima!



Beijo grande
Kézia

PS - Bom, vocês podem perceber que estou postando pouco (quase nunca), mas é que ando tão sem idéias, e quando surge uma, eu escrevo assim. Francamente, Kézia. Francamente.