segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A nós, saladas

Quero deixar claro: eu não tenho dedo podre. Eu não me apaixono por cafajeste. Eu não gosto de cara errado. Eu não crio histórias que não existem. A última que sei é que lerdeei tanto a ponto do cara ficar noivo. Eu dizia saudade de ouvir a sua voz e ele me ligava para que pudesse ouvi-la. Anos. Até que - opa - ficou noivo. Também com aquela voz! Certa ela. Eu também não deixaria passar. Mas deixei. E se eu tenho uma qualidade é esta: começar namoros. Dos outros. Casos de sucesso não me faltam. Sabe, vejo o dia em que estarei na festa e ali na hora do brinde me assustarei ao ler nos olhos da noiva: "poderia ser você, mas não é, saladinha!". Darei um sorriso. Levantarei a taça e brindarei a nós, saladas, que sempre e somente acompanhamos.


Beijo
Kézia

3 comentários:

Ju Api disse...

Sempre e somente não...
Que momentaneamente acompanha...

Deus é fiel...

Leroi disse...

Taí uma visão diferente.

Inté!

Carol disse...

Eu sou a salada Caesar! Só se aproximar para casar. =D